É muito fácil falar de Xenofobia e Etnocentrismo destacando conceitos bastante distintos sobre cada costume, não importando qual o seu segmento. Mas o que poucos se arriscam a analisar é sobre o que gera tal conceito, na maioria das vezes, errado sobre aquela religião, cultura ou orientação sexual.
O Brasil que o diga, anualmente milhares de brasileiros imigram para o exterior atrás de novas oportunidades, mudar de vida quem sabe, mas e o que a maioria encontra? Muitas pedras no caminho, a começar pelo preconceito que grande parte dos gringos tem contra os brasileiros, e preconceito dos brabos. Conheço algumas pessoas que moram no exterior e, através da internet, me dizem que lá fora, o Brasil é conhecido como o país da malandragem, corrupção, do futebol e das prostitutas.
E de quem é a culpa por tal equivocado conceito de nós? Nossa, isso mesmo. Eu posso ver uma tribo indígena praticar seus rituais muitas vezes macabros aos meus olhos e criticá-los por isso, mas, e se antes disso eu não procurar pesquisar e saber de onde vem sua origem? E quem sabe poderei até entende-los por que praticam tal costume.
Seria muito bom que chegasse um tempo em que o brasileiro parasse pra refletir sobre o que tem feito para que sua imagem ficasse tão banalizada lá fora. É muito fácil você resmungar de que esta sendo vitima de etnocentrismo, mas difícil mesmo é procurar saber por qual motivo está sendo tratado como tal. Certa vez, vi um cartão postal brasileiro que exibia uma mulata fantasiada para o carnaval, e um close bem avantajado de suas nádegas, depois brasileiro quer ser respeitado heim!
Um país com tantas riquezas, tantas belezas e culturas a serem exploradas lá fora, ainda se rebaixa em mostrar aquilo o que há de pior, afim de que o turismo aumente, e que sua imagem seja bem vista pelos gringos. O turismo pode até evoluir, mas, os gringos chegam até aqui com más intenções, que o diga o roqueiro e ex-vocalista da banda Queens of the Stone Age, Nick Oliveri, que ficou nu em pleno Rock in Rio em 2001, com a justificativa de que no Brasil é normal ficar pelado no carnaval, e a exemplo das passistas das escolas de samba, resolveu fazer o mesmo.
É sórdido para nós termos conhecimento de mulheres apedrejadas na Tunísia por praticarem atos pecaminosos, porém, tal ato permanecerá intacto, pois não podemos sair daqui para mudar um costume de outra nação, de outra cultura. Buscar o conhecimento pode ajudar a compreender por quais motivos isso acontece, contudo, jamais defenderei tal atitude cruel e revoltante. No Brasil as coisas se complicam, já que lá fora é mostrado o que aqui não é unanimidade, uma imagem equivocada, baixa e negativa promovida pelo padrão vulgaridade. Depois, não há o que reclamar, pois pelos erros de poucos, a nação inteira sai perdendo.