domingo, 31 de outubro de 2010

Banalidade a gente vê por aqui



     É muito fácil falar de Xenofobia e Etnocentrismo destacando conceitos bastante distintos sobre cada costume, não importando qual o seu segmento. Mas o que poucos se arriscam a analisar é sobre o que gera tal conceito, na maioria das vezes, errado sobre aquela religião, cultura ou orientação sexual.

     O Brasil que o diga, anualmente milhares de brasileiros imigram para o exterior atrás de novas oportunidades, mudar de vida quem sabe, mas e o que a maioria encontra? Muitas pedras no caminho, a começar pelo preconceito que grande parte dos gringos tem contra os brasileiros, e preconceito dos brabos. Conheço algumas pessoas que moram no exterior e, através da internet, me dizem que lá fora, o Brasil é conhecido como o país da malandragem, corrupção, do futebol e das prostitutas.

     E de quem é a culpa por tal equivocado conceito de nós? Nossa, isso mesmo. Eu posso ver uma tribo indígena praticar seus rituais muitas vezes macabros aos meus olhos e criticá-los por isso, mas, e se antes disso eu não procurar pesquisar e saber de onde vem sua origem? E quem sabe poderei até entende-los por que praticam tal costume.

     Seria muito bom que chegasse um tempo em que o brasileiro parasse pra refletir sobre o que tem feito para que sua imagem ficasse tão banalizada lá fora. É muito fácil você resmungar de que esta sendo vitima de etnocentrismo, mas difícil mesmo é procurar saber por qual motivo está sendo tratado como tal. Certa vez, vi um cartão postal brasileiro que exibia uma mulata fantasiada para o carnaval, e um close bem avantajado de suas nádegas, depois brasileiro quer ser respeitado heim!

     Um país com tantas riquezas, tantas belezas e culturas a serem exploradas lá fora, ainda se rebaixa em mostrar aquilo o que há de pior, afim de que o turismo aumente, e que sua imagem seja bem vista pelos gringos. O turismo pode até evoluir, mas, os gringos chegam até aqui com más intenções, que o diga o roqueiro e ex-vocalista da banda Queens of the Stone Age, Nick Oliveri, que ficou nu em pleno Rock in Rio em 2001, com a justificativa de que no Brasil é normal ficar pelado no carnaval, e a exemplo das passistas das escolas de samba, resolveu fazer o mesmo.

     É sórdido para nós termos conhecimento de mulheres apedrejadas na Tunísia por praticarem atos pecaminosos, porém, tal ato permanecerá intacto, pois não podemos sair daqui para mudar um costume de outra nação, de outra cultura. Buscar o conhecimento pode ajudar a compreender por quais motivos isso acontece, contudo, jamais defenderei tal atitude cruel e revoltante. No Brasil as coisas se complicam, já que lá fora é mostrado o que aqui não é unanimidade, uma imagem equivocada, baixa e negativa promovida pelo padrão vulgaridade. Depois, não há o que reclamar, pois pelos erros de poucos, a nação inteira sai perdendo.

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Poeminha


Poeminha super fofo que minha amiga Poly fez pra mim:


Leila Berenice,


Berê é de Nice e Nice é Berê,

Mas se Berê deixar a Nice

Como vai ficar você?

A Nice voltou para Berê.

Agora, tudo está bem,

Berê se alegrou,

Com o encanto que a Leila tem.

Poliana Baldez
 
 
 
Adorei amiga, te amo!

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Que raios é o amor?



"Tenho o desejo de realizar uma tarefa importante na vida. Mas meu primeiro dever está em realizar humildes coisas como se fossem grandes e nobres".

                                                                       Helen Keller

     Definir a palavra amor ás vezes é difícil, não sei, mas para muitos parece algo tão complexo, enquanto para outros, está restrito somente a possibilidade em relacionar esta palavra a algum vínculo emocional com alguém, seja através da atração, afeição, paixão ou conquista. Há quem diga que o amor é o mais nobre e puro dos sentimentos, sem ao menos ter embasamento algum no que diz. Outros dizem que o amor é algo sublime e eterno, geralmente, repetido com exaustão por casaizinhos de namorados, até... surgir outro “grande e eterno amor”, mais uma vez.
     Não, não pense que estou escrevendo este post a fim de dar uma aula teórica sobre o amor, até por que, eu também não sei. Mas me considero desigual pois, ao invés de espalhar para os quatro cantos do planeta que amo todo mundo, prefiro sustentar em mim a ideia de que esse amor que tanto falamos é insuficiente, isso mesmo. Acordo todos os dias tentando procurar em mim uma chance de deixar o VERDADEIRO AMOR ser descoberto, usufruir dele sem a troca de benefício algum. Parece difícil, mas quem inventou ele, é mestre em demonstrações públicas de afeto, a cruz que o diga!!
     E, como encontrá-lo? Como atingir sua plenitude máxima? Bom, a resposta eu não tenho, mas conheço um caminho... posso te mostrar a direção?
     JESUS!
     Em um breve resumo posso te dar uma noção exata de que o amor que Ele tem, é o mais correto a seguir. Eu poderia trazer uma bela poesia Shakesperiana para defini-lo, porém, em seu grau mais elevado, e em sua plenitude mais profunda, nem mesmo o poeta máster saberia explicar seu significado. Muitos não entendem, alguns zombam, outros são incrédulos, mas, você já parou pra refletir consigo mesmo e pelo menos buscou compreender o real significado do gesto de Jesus naquela cruz?
     Bom, se você não entende, eu posso explicar em rápidas palavras: O amado filho de Deus foi enviado a terra para morrer por cada um de nós, pecadores. Se assim não fosse, hoje não teríamos redenção através do seu sangue, que foi derramado por uma cambada de estupradores, assassinos, ladrões, prostitutas, corruptos, e o nível mais baixo de pecado e degradação humana que você imaginar. O que ele fez por essas pessoas? Morreu por elas!! Você faria isso? Acho que não! MAS JESUS FEZ!
     Então você me pergunta: Por que Ele fez isso? E eu te respondo com o coração cheio de júbilo, POR AMOR MEU BEM!
     Por amor ele sofreu, apanhou, se deixou ser pregado e passar horas e horas amargando no sol quente, sofrendo até expirar, para que simplesmente VOCÊ, pudesse hoje, ter a vida de “mordomias” que tem, e com a vida eterna de cortesia heim?
     O amor nunca alcançaria seu grau máximo se não for acrescentado o amor de quem nos amou e ama ao extremo.
     Talvez, se resgatarmos um pouco que seja dele, poderíamos encontrar as respostas que tanto buscamos a cerca do que acontece com você, seu amigo, familiar, desconhecido, e por que não, com o mundo! Não custa nada tirar um pouco a atenção do seu copo de cerveja para agasalhar uma criança com frio, ou alimentar um esfomeado. Pequenos gestos são grandes atitudes que, acredite, só levará você a chegar mais perto ainda do caminho deste amor tão sobrenatural, que Deus sonha em compartilhar conosco!
     A simplicidade do verdadeiro amor me fascina e constrange. Gestos simplórios poderiam mudar para sempre a raça humana. Busquemos juntos então!




terça-feira, 21 de setembro de 2010

Idosa antes do tempo



     Desde pequenininha, me considero um ET!! Isso mesmo, me acho um ser de outro mundo completamente diferente das pessoas da minha faixa etária, e tem sido assim durante todo o decorrer da minha vida.
     Isso porque nunca gostei das mesmas coisas do que geralmente as outras pessoas da minha idade gostam. Essa coisa de balada, final de semana fora, dormir em casa de amiga, estar por dentro dos últimos points da cidade, nunca foram a minha praia. Nossa, se eu pudesse ficar trancada dentro de casa durante um mês, só ouvindo as músicas que eu gosto, lendo os livros que eu curto, assistindo a programas e filmes interessantes, ou navegando nas redes sociais da internet e visitando outros blogs, agradeceria pelo resto da vida.
     É incrível a capacidade impressionante que eu tenho de transformar uma coisa entediante, em uma algo simplesmente ÚNICO. É claro que não revelarei esse segredo, porque se desvendasse, não haveria mais jovens nas baladas, todos sem exceção, seriam capazes de abrir mão de um show de Scorpions, por exemplo, para estar em casa (exagerei rs)!
     Dizem que tenho uma personalidade relativamente parecida com a de pessoas que gostam de criar, e que se expressam muito melhor escrevendo, ou transmitindo algo para o papel, quanto a isso, não tenho dúvidas. Mas me questiono se ás vezes sou normal, porque é bem rarinho encontrar alguém semelhante a mim, pessoas que tipo, acham que ficar em casa em um sábado á noite assistindo Altas Horas é mega divertido.
     Ou que ache ficar em casa preparando brigadeiro de panela um ótimo programa para um final de semana. Ou que, por exemplo, ache fantástico preparar uma pipoca de microondas e assistir durante um dia inteirinho toda a trilogia de O Senhor dos Anéis... rsrsrs, essa sou eu! Posso dizer que pelo menos, meus pais se ajoelham todos os dias erguendo as mãos aos céus por eu ser assim! Siimmm, eu sou careta!! Algum problema??



A solução é amar



     A vida vista de fora parece ser muito simples, cada dia que amanhece, definitivamente, não sabemos o que as horas seguintes nos reservam. Uma vez me deparei com um fato realmente complicado na minha vida. Tenho uma amiga que há anos trabalhava comigo, e um belo dia, resolveu se abrir revelando-me ser lésbica.
     Não queria acreditar, tampouco aceitar, e não era por preconceito, mas por não entender o porquê dessa decisão tão repentina. Fiquei com muito medo de perder a amiga por justamente não saber lidar com essa avalanche de confusões que martelavam sua cabeça.  
     Ela até então, sempre namorava outros homens, e por mais que tivesse um estilo bastante diferenciado, sempre detestou que sua imagem fosse assimilada a de uma lésbica, mas isso era antes, bem antes.
     Enquanto eu estava boquiaberta, ela falou que há algum tempo percebera de que não se sentia atraída por homens, e que já mantinha um relacionamento com uma mulher. Sem saber o que dizer, decidi continuar ouvindo o que ás lágrimas, ela tinha a me contar, e por incrível que pareça, seu maior medo naquele momento, era o de perder a minha amizade. Ela sabe que sou evangélica e tinha muito medo da forma como eu iria receber a notícia. Imediatamente a tranqüilizei e pedi que não se preocupasse, pois a minha amizade independe de qualquer decisão que ela possa tomar, isso ela nunca iria perder, a não ser que ela quisesse se afastar de mim.
      Decidi encorajá-la a repensar em qual propósito Deus a criou, não queria de forma alguma convencê-la de que o que ela fazia era errado, mas apenas gostaria que me fizesse entender, como e porque algumas pessoas optam por seguir caminhos opostos ao que nós fomos criados.
     Confesso que fiquei triste por ter sido praticamente a última a saber, o que eu queria mesmo, era estar ao seu lado e poder lhe ajudar nos momentos em que sua cabeça estava confusa, queria lhe oferecer meu ombro e poder ajudá-la de alguma forma a encontrar algumas respostas para sua infinidade de dúvidas, mas, infelizmente não foi o que aconteceu.
     É um pouco corajoso da minha parte trazer um assunto tão polêmico quanto esse ao meu blog, muitos podem se opor, outros ser a favor, mas o que posso dizer com toda a certeza, é de que assuntos desta natureza ainda são tabus em uma sociedade que se diz tão “descolada”, mas não é bem assim. Na verdade, o que não estamos mesmo é preparados para aceitar o diferente, e isso procede. Não tenho preconceitos, amo a minha amiga do mesmo jeito e da mesma forma de antes, em relação a essa questão, sou completamente indiferente. O que não podemos é ignorar assuntos de proporções tão relevantes quanto esse, e a melhor forma de manifestar a sua posição, é amando em 1° lugar. Você pode ser contra ou a favor, mas e se você experimentar colocar o amor acima de suas preferências e opiniões seria muito mais fácil lidar com os conceitos das outras pessoas.
     Jesus nos ensina que amar uns aos outros como ele nos amou, é um dos caminhos para a igualdade de todas as raças, povos e nações. Porque não simplesmente amar e jogar pela janela toda e qualquer barreira que te impeça de poder entender o que diz a pessoa na qual Deus criou com as mesmas intenções que criou você! É simples promover a paz se falando de amor, difícil é colocar em prática algo tão simples, que poderia modificar a raça humana para sempre!

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Twitter, o poder moderno da opinião


     Depois de tanto tempo sem postar, eis que retorno com um assunto bem difícil de ser ignorado... isso mesmo, nos dias de hoje, não tem como falar de modernidade sem citar a internet, e não tem como falar de internet e não poder citar as redes sociais, e não há como falar de redes sociais sem citar... O TWITTER!
     É impressionante o poder que essa ferramenta tem. O passarinho tão amado e odiado se mostra a cada dia mais grandioso e assustador, com a capacidade que ele tem de erguer e derrubar uma pessoa, seja ela quem for, não importa, pode ser presidente, celebridade, jogador de futebol, político, atriz pornô, locutor de futebol, anônimo e até jornalista. Confesso que tenho muito medo dessas novas mídias sociais. Considero o twitter uma espécie de veículo nato do qual qualquer pessoa pode expor suas ideias e opiniões livremente, e põe livre nisso!! Nele, podemos desabafar sobre tudo o que estiver nos incomodando, algumas vezes nos exaltamos, mas quem se importa? As pessoas gostam!
     Lembro-me que há uns 10 anos atrás, quando não havia rede social, e a internet era para poucos, as pessoas pareciam andar como se estivessem com uma mordaça na boca, ou seja, todos com vontade de opinar sobre algo, mas sem oportunidade, e o twitter... Bem, ele veio para mudar isso. Hoje quando vejo manifestações como o CALA BOCA GALVÃO, me vem uma certeza, é como se as pessoas estivessem desabafando tudo o que queriam durante muitos anos (não suportar o Galvão) e não poder, e assim, ter a preciosa oportunidade somente agora, e a onda foi forte, mas tão forte, que o mundo inteiro, digo isso baseado em informações que li, tomou conhecimento de tão assustadora e grandiosa campanha como um desabafo, era como se o povo depois de anos estivesse dizendo uma espécie de: NÃO AGUENTO MAIS A GLOBO! Isso foi apenas um exemplo do que essa rede social pode "causar". #Medo
     Certa vez escrevi um texto para a faculdade, explanando mais ou menos o que a sociedade virou depois do twitter, “jornalistas anônimos”, siiim, porque todos querem opinar, manifestar sua criticidade, ponto de vista, divulgar notícias e por aí vai, sem contar que os próprios jornalistas se renderam há muito tempo, hoje, os profissionais da área em vez de sair para catar informações e montar sua matéria, ficam 24 horas por dia online, esperando alguma divulgação de artista, ou notícia bomba, ou barraco, ou anúncio de morte, gravidez de famosa e por aí vai. Afinal, ultimamente as notícias chegam primeiro na rede. Eles possuem uma espécie de mailing com o endereço de todos os artistas e pessoas renomadas que você possa imaginar, atrás do furo ideal. Isso eu não apoio, a notícia chega até ele sem esforço algum, pior, um minuto depois de um f5, você vê a sua “matéria” em todos os sites concorrentes. Para mim, um dos sentidos do jornalismo, é a autenticidade e esforço com que você gera a sua matéria, e isso, passou bem longe.
     O twitter está aí, mas é importante que você saiba utilizá-lo com responsabilidade e dedicação, não o considero mais somente uma diversão, virou coisa séria, mas infelizmente alguns espíritos de porco não entenderam o verdadeiro sentido da "brincadeira". Não sei se consegui passar tudo aquilo o que penso sobre o twitter, existem mais coisas, talvez eu conclua em uma futura postagem, mas por enquanto, é isso.

OBS: A propósito, meu twitter é @leilamartins

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Até quando??



     Nossa!! Como a vida gira não? Outro dia estava dentro de um escritório, sentada á minha mesa, na frente do meu computador, fazendo minhas costumeiras obrigações de uma secretária comum, em minha vida um tanto rotineira. Fazia de tudo um pouco, cheques, planilhas, cotação, contagem de mercadorias, operava sistemas, servia cafezinho, controlava os gastos, estava atenta ao que faltava no escritório, etc, etc e etc. Bom, um trabalho comum, em uma empresa comum, de uma pessoa, nem tão comum... Pelo menos depois da “loucura” que fiz, ao pedir minhas contas na semana passada, para embarcar em uma oportunidade que veio em uma hora mais que perfeita... Meu 1º estágio!!!
     Mas para que isso se tornasse real, era preciso abrir mão de uma posição estável que tinha na posição de secretária, para embarcar em uma “aventura-duvidosa-que-não-sei-onde-vai-dar”, mas, estava decidida a fazer o que meu coração estava mandando, mergulhar de cabeça, sem medo, sem temor, ou qualquer dúvida. Minha primeira chance não podia ser desperdiçada desta forma, primeira oportunidade profissional, profissão essa que exercerei pelo resto da vida, eu precisava desta iniciação, se talvez não tivesse aceitado, passaria noites e noites sem dormir com perguntas infernais martelando em minha cabeça tipo: Até quando pretende começar? Até quando vai esperar? Você pretende estar diplomada e ainda cruzando cheques de 30 dias? Vai querer continuar servindo cafezinho para o chefe até estrear a primeira bengala??? Nãoooo... De maneira nenhuma, a hora era aquela e pronto!! Eu estava decidida.
    Mas para isso era necessário que eu desse o primeiro passo, e qual era?? Sim, esse mesmo, falar com o chefe, ops!!
    Primeiro pedir as contas não era lá uma tarefa tão fácil, sempre vai haver uma dúvida na sua cabeça se você fez mesmo a coisa certa! Mas esta dúvida, eu jamais esperava ter!!
    Depois, nem sempre é tão legal você se desfazer de um ambiente do qual se familiarizou por tanto tempo, e deixar as amizades tão bacanas que você conquistou. Mas, faz parte da vida, como falei no post anterior, pessoas vem e vão, e rapidamente somos envolvidas e tomadas pelas novas pessoas que estão chegando como um passe de mágica. Assim caminhamos, assim, o mundo gira.
     Primeiro passo dado!! O segundo é somente aproveitar aquilo o que a vida, e acima de tudo Deus me proporcionou. Não podemos jamais rejeitar aquilo para o qual fomos criados, o de trabalhar no dom do qual Deus nos entregou. O melhor de tudo é que, se sei que Ele me proporcionou coisas tão grandiosas, esse é apenas o primeiro passo, em direção as promessas que virão, e isso só é possível, se eu ou você, abrirmos mão de algo tão importante, ou mesmo estável para percorrer uma zona desconhecida, porém, cheia de realizações. Saiamos de nossas posições de conforto e aceitemos os desafios que nos são colocados, sem eles, jamais haverá maturidade e acima de tudo, força de vontade. Acredite, o melhor sempre está por vir!









segunda-feira, 3 de maio de 2010

Passado presente




     Outro dia estava casa revirando minhas velharias, sim, sou dessas pessoas que “sofrem” com a famosa síndrome de esquilo, que tem o costume de guardar tudo e ter pena de jogar fora, na maioria das vezes, papéis ou objetos de algum valor para nós. Mas ao remexer minhas pastas de recordações, muitas coisas que tiveram significado para mim durante a trajetória da minha vida me arrancaram algumas lágrimas e um vazio inexplicável, ao relembrar momentos únicos dos quais vivi, com pessoas inesquecíveis da qual grande maioria perdi contato.
     Pode parecer piegas, mas comecei a refletir a respeito do quão cruel é o tempo, que nos distancia das pessoas que queríamos ter para sempre do nosso lado, como são injustos o passar dos anos, que nos levam cada vez mais para longe de momentos inenarráveis, que somente voltando ao tempo, poderíamos vivenciar novamente o instante em que essas pessoas passaram pelas nossas vidas.
     A lei da vida é intensa e nos permite jogar com as armas que temos nas mãos para trilhar caminhos desconhecidos, e o mais belo, é ter o prazer de compartilhar sonhos, brincadeiras, aprendizados, diversão e seriedade com pessoas que aparecem durante a jornada. Como é bom relembrar, fechar os olhos, olhar para trás e dizer que valeu a pena ter conhecido tanta gente bacana, compartilhado segredos, traumas, dúvidas e preocupações com as pessoas certas, sem o estresse, as contas, as cobranças, as dívidas, o trabalho, e a pressão que hoje nos acompanha.
     Como queria parar o tempo por um minuto e ter novamente nem que fosse a sensação de descompromisso com a cidadania e com o capitalismo, jogar as contas pela janela, meu título de eleitor pelo ralo, e voltar a sonhar os sonhos que perdi e que talvez, nunca voltem, pois uma parte dessas pessoas que sonharam comigo, hoje tem outros planos, outros objetivos, assim como eu também... Talvez agente nunca se reencontre, mas enquanto houver vida em mim, haverá pastas, caixas e livros de recordações que sempre me acompanharão como ouro e relíquia, na tentativa que sempre terei de conservar comigo as mais preciosas amizades, junto dos mais belos momentos, guardados na “memória do coração”.

sexta-feira, 2 de abril de 2010

Nova infância



     Outro dia, andando pela rua, me dei conta de um fato interessante ao reparar em uma coisa: As ruas estão vazias!! Calma, eu vou explicar. Diferentemente de alguns anos atrás onde olhávamos com muita facilidade a presença de crianças brincando, correndo, aprontando, enfim, inventando todo tipo de brincadeiras que podiam, hoje, não vemos mais isso, simplesmente, as ruas estão desertas, as nossas crianças sumiram! E por onde andam??
     Acredito que todos já saibam a resposta... Elas não estão mais nas ruas, mas sim, dentro de suas casas, brincando com seus Playstations, jogos 3D, ou então, na frente de seus computadores. Aí você me pergunta: Isso é bom ou ruim? Bom, sinceramente não sei o que dizer, mas só sei que as conseqüências pendem para os dois lados, tanto o bom, quanto o ruim!
     No meu tempo de criança, éramos mais inocentes, sabíamos bem pouco sobre atualidades, e nos interessávamos menos ainda por discussões adultas, as brincadeiras cotidianas eram o nosso refúgio para nos livrar das “chatices” do dia-a-dia, como estudar por exemplo. Os desenhos animados eram uma das nossas diversões preferidas, sem falar que os desenhos eram bem mais despretensiosos e ensinavam simples fantasias longe de nosso alcance, como nos esquecer a realidade e imaginar estar em lugares fantásticos (O fantástico mundo de Bobby). Coisas simples se transformavam em diversão, uma brincadeira de roda, banho de mangueira, pega-pega, pipa e até amarelinha, ou seja, as brincadeiras de verdade faziam a nossa alegria. Posso resumir que esta infância conheceu um lado ingênuo e que atualmente, as pessoas que a viveram, não conseguem se adaptar ou compreender o que se passa na cabeça das crianças de hoje.
     As crianças do século XXI não sabem o que é brincar de esconde-esconde, muito menos sabem pular corda, o dinheiro que antes era para comprar uma bolinha de gude, ou material para fazer pipa, hoje é gasto com horas em lan houses. Mas, independente das brincadeiras, o comportamento já não é mais o mesmo. Posso ser leiga no assunto, mas não precisa ser especialista pra entender que o amadurecimento precoce (nos dias de hoje, com 11 anos, as crianças querem ser adolescentes) se deve as mudanças da modernidade, tudo que se refere à tecnologia e informação está mudando a cabecinha delas desde cedo. O acesso ilimitado a internet é um deles, quanto mais liberdade elas tiverem as informações, mais ainda seus cérebros absorverão aquilo com mais facilidade, e assim, refletirá em um crescimento antecipado, que influenciará em seus comportamentos, modo de pensar e, por que não, em seus crescimentos.
     Não dá para dizer se a modernidade está fazendo bem ou não para as nossas crianças, claro que a inteligência e o desenvolvimento fazem uma grande diferença e também detalhes, como o fato de darem menos trabalho em não suar ou não sujar tanto as roupas e privar os adultos de algumas explicações (sabendo que a internet, é o pior lugar para se aprender certos assuntos), mas se esses mesmos valores se unissem a inocência que refletia em seus olhinhos de uma década atrás? Seria bem melhor do que os nerds sabichões em que se transformaram, os mesmos que dão aulas para os seus próprios pais sobre os avanços tecnológicos, ou os mesmos que passam o dia inteiro na frente de seus computadores fazendo não se sabe o quê, atrás de uma diversão que anos atrás só faria sentido quando encontrávamos nossos amiguinhos, para um dia inteiro de brincadeiras. Bendita infância que ficará guardada na lembrança de nosso passado, aceitemos, afinal, os anos são outros, e segundo a cronologia do tempo, as mudanças tendem a serem maiores daqui para frente. Medo da infância do futuro!

quinta-feira, 25 de março de 2010

Os dois lados da manipulação



     A cada ano que passa, o telespectador Brasileiro tem sido testemunha de verdadeiras competições direta entre as emissoras de televisão Rede Globo e Rede Record. Não é de hoje que a rivalidade na busca pelo melhor é travada diante dos olhos do país. Em meados dos anos 80 aos 90, isso poderia ser visto com muita facilidade entre Globo e o SBT, a única diferença com a rixa atual se deve a mudança de alvo e foco (de SBT para Record) e a preocupação na época em mostrar uma programação que alavancasse a audiência, a competição então era acirrada, pois o único objetivo das mesmas, era apostar com as cartas que tinham nas mangas. Enquanto uma dominava o campo das tele-novelas mexicanas, a outra obtinha grandes filmes e novelas de sucesso.
     Diante de tantas mudanças com o passar dos anos, a Globo comprou uma briga que parece não ter fim com a Record, mas, diferente do que aconteceu nos anos 80. Dessa vez, o telespectador é sujeito a assistir denúncias de fatos ocorridos que até então, eram restritos apenas aos bastidores a partir de certo momento, notícias que deveriam ser sigilosas passaram ao conhecimento de todos. O contra-ataque da Record foi imediato e ainda pior, ao enumerar em forma de denúncia, fatos duvidosos que agridem a imagem da emissora carioca durante todo o seu percurso, desde o seu surgimento.
     O mais interessante de toda a disputa, é que o Brasil se vê diante de um acontecimento histórico do qual o sistema Globo tão cedo não esperava se deparar. Pela primeira vez uma emissora concorrente compete á altura, não somente através da programação, que tem alavancado bons índices de audiência, mas por não se calar diante das notícias que sujavam a imagem do Bispo Edir Macêdo, a rivalidade e o embate comprovam que a Globo já não é mais tão poderosa e já não tem mais tanta voz para agir como no passado, em que poderia manipular até mesmo suas próprias concorrentes.
     Contudo, apesar das tentativas de mancharem sua imagem, a Globo ainda possui um lugar cativo nas salas-de-estar dos brasileiros, e é preferência nacional, só não se sabe até quando, pois em tempos onde a democracia e a liberdade de expressão se tornam como um grito cada vez mais forte, a população trava uma busca incessante por aquilo que lhe dará certeza de que não vai agredir sua moral, princípios e valores, características que até então, nem Globo ou Record mostraram ao seus respectivos públicos. O que se tornou agressão moral simultaneamente ao vivo diante de milhões, pode sim ser o princípio da queda do gigante ou da derrota de quem um dia ousou confrontá-lo, contudo, apenas uma coisa é certa, o público só sairá perdendo.



*Dissertação escrita em Dezembro de 2009 para a disciplina Teorias da comunicação, do qual obtive nota máxima.

quarta-feira, 10 de março de 2010

Desabafo da mulher moderna



     São 6 horas. O despertador canta de galo e eu não tenho forças nem para atirá-lo contra a parede. Estou tão cansada. Não queria ter que trabalhar hoje. Queria ficar em casa, cozinhando, ouvindo música, cantarolando. Se tivesse filhos, gastaria a manhã brincando com eles, se tivesse cachorro, passeando pelas redondezas. Aquário? Ficaria olhando os peixinhos nadarem. Se eu tivesse tempo. Gostaria de fazer alongamento. Brigadeiro. Tudo, menos sair da cama e ter que engatar uma primeira e colocar o cérebro para funcionar.

     Gostaria de saber quem foi a mentecapta, a infeliz matriz das feministas que teve a estúpida idéia de reivindicar direitos de mulher. Queria saber por que ela fez isso conosco, que nascemos depois dela. Estava tudo tão bom no tempo das nossas avós. Elas passavam o dia a bordar, trocar receitas com as amigas, ensinando-se mutuamente segredos de molhos e temperos, de remédios caseiros, lendo bons livros das bibliotecas dos maridos, decorando a casa, podando árvores, plantando flores, colhendo legumes das hortas, educando as crianças, freqüentando saraus.

     ENFIM, a vida era um grande curso de artesanato, medicina alternativa e culinária. Aí vem uma fulaninha qualquer que não gostava de sutiã nem tão pouco de espartilho, e contamina várias outras rebeldes inconseqüentes com idéias mirabolantes sobre “vamos conquistar o nosso espaço”! Que espaço minha filha?

     Você já tinha a casa inteira, o bairro todo, o mundo aos seus pés. Detinha o domínio completo sobre os homens, eles dependiam de você para comer, vestir, para tudo! Que raio de direitos requerer?

     Agora eles estão aí, são homens todos confusos, que não sabem mais que papéis desempenhar na sociedade, fugindo de nós como o diabo foge da cruz. Essa brincadeira de vocês acabou nos enchendo de deveres, isso sim. E nos lançando no calabouço da solteirice aguda.

     Antigamente, os casamentos duravam para sempre, tripla jornada era coisa do Bernard do vôlei – e olhe lá, porque naquela época não existia Bernard do vôlei. POR QUE? Me digam POR QUE um sexo que tinha tudo do bom e do melhor, que só precisava ser frágil, foi se meter a competir com o macharedo? Olha o tamanho do bíceps deles, e olha o tamanho do nosso. Tava na cara que isso não ia dar certo!

     Não agüento mais ser obrigada ao ritual diário de fazer escova, maquiar, passar hidratantes, escolher que roupa vestir, e que sapatos combinar, que acessórios usar. Tão cansada de ter que disfarçar meu humor, que sair sempre correndo, ficar engarrafada, correr risco de ser assaltada, de morrer atropelada, passar o dia ereta na frente do computador, com o telefone no ouvido, resolvendo problemas que nem são meus.

     E como se não bastasse, ser fiscalizada e cobrada (até por mim mesma) de estar sempre em forma, sem estrias, depilada, sorridente, cheirosa, com as unhas feitas, sem falar no currículo impecável, recheado de mestrados, Doutorados, e especializações (ufffffffffffffffffff!!!!!!!).

     Viramos super mulheres e continuamos a ganhar menos do que eles. Não era muito melhor ter ficado fazendo tricô na cadeira de balanço? CHEGAAAAAAA!!! Eu quero alguém que pague as minhas contas, abra a porta para eu passar, puxe a cadeira para eu sentar, me mande flores com cartões cheios de poesia, faça serenatas na minha janela.

     Ai, meu Deus, já são 7h30, tenho que levantar! E tem mais, quero alguém que chegue do trabalho, sente no meu sofá, coloque os pés pra cima e diga “meu bem, me traz um cafezinho, por favor?”. Descobri que nasci para servir.

     Vocês pensam que eu tô ironizando? Tô falando sério! Estou abdicando do meu posto de mulher moderna…. Troco pelo de Amélia. Alguém se habilita?








Esse texto pode ser encontrado na internet, sem referência à autoria. Ou seja, não foi escrito pela Leila.

sábado, 6 de março de 2010

Boas-vindas






     Bom, aqui estou eu! Como era de se esperar, e depois de tanto resistir, criei um blog. Ser a mais nova adepta ao mundo dos blogueiros não quer dizer que eu queira me “atualizar” ou querer estar antenada ás novas tecnologias, tampouco me adequar aos novos padrões impostos pela sociedade, não é nada disso. Simplesmente estou aqui pela necessidade que tenho de transmitir, compartilhar alguns pensamentos e idéias que muitas vezes não fluem naturalmente, apesar de necessitar demasiadamente treinar meu texto e em que nível ele alcança, contudo, a verdade é que como já repeti várias vezes, e aqui enfatizo novamente, minhas idéias fluem quando estou tranqüila, concentrada e livre para permitir que meus pensamentos encontrem um rumo que me levem onde talvez nem eu mesma consiga imaginar onde parar.

     Expressar-me melhor escrevendo pode parecer clichê em uma área que escolhi seguir para o resto da vida, o Jornalismo. Desde criança tive uma veia incrível aguçada para a escrita, era sempre assim, me trancava em meu quarto e fazia dali, um lugar do qual poderia imaginar um mundo criado por mim, traçado em rabiscos sem noção, porém, cheios de criatividade. Passava dias escrevendo, uma vez, inventei de escrever um livro, não lembro exatamente de quê, mas posso garantir que me divertia bastante, durante dias, esquecia de comer, e passava horas mergulhada em minha criatividade que ás vezes me assustava, pois não sabia quais proporções tomariam. E foi assim por vários anos, até hoje, guardo um livro de histórias e poesias criadas por mim, não sei exatamente como isso se chama, mas posso assegurar que sempre tive uma necessidade muito grande de me expressar através da escrita, talvez, este seja o momento, não quero fazer as pessoas perderem seu precioso tempo lendo minhas “besteiras”, é somente por mim, e por minha vontade de colocar um ponto de vista que talvez influencie a mim mesma nas vezes em que eu reler o que escrevi.

     Antes de tudo (antes de mais nada é clichê rs!) quero me apresentar, aí vai um pouco de mim: Chamo-me Leila Martins e sou estudante de Jornalismo, desempenho com muita luta meu papel de trabalhar e estudar ao mesmo tempo, buscando na misericórdia de Deus um espaço para conciliar os dois. Tenho Pai e Mãe saudáveis e sadios (graças a Deus) sou a 5ª de uma família de seis irmãos, tenho cinco sobrinhos (seis em breve) que amo muito. Adoro sorvete de chocolate, brigadeiro de chocolate, bombom de chocolate, bolo de chocolate e tudo o que tenha chocolate (rs), também adoro ir a igreja, assistir a um bom filme, fazer compras, brincar com meus sobrinhos e de estar com o amor da minha vida. Não suporto acordar cedo, quem fala errado ou espirre sem cobrir o nariz perto de mim. Entre minhas paixões está a noticia, não da forma mastigada como ela vem, mas sim da forma como posso a desenrolar e colocar nela uma característica minha, livre de qualquer modificação imposta por veículos sensacionalistas. Conforme tenho aprendido com alguns professores ao longo de minha caminhada acadêmica, a comunicação pode ter uma nova cara se experimentarmos colocar a nossa identidade cravada nela, esse é o meu princípio.

     Sem mais, bem vindo ao meu blog, todos aqui serão bem recebidos, e convidados a dividir junto comigo uma linha de raciocínio diferenciada e livre de qualquer ato que possa neutralizá-la, considerarei a todos como amigos. Borboletas significam liberdade e renovação, quero transmitir por aqui, um senso cético e crítico de forma ampliada e, por conta disso, estarei disposta a receber opiniões divergentes as minhas, gosto de pessoas com atitude, pois atitudes não revelam mais que mil palavras e sim, mais do que mil caracteres. Novos amigos de opinião são o objetivo inicial deste projeto, e citando Vinícius de Moraes em um de seus momentos fraternos de amizade, faço de suas palavras, as minhas: “A gente não faz amigos, reconhece-os”.

God bless you!